Quando se trata de viagens corporativas a segurança e a proteção são fundamentais – e isso inclui o bem-estar dos viajantes que se identificam como LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer e outros). As estruturas legais, as atitudes culturais e as normas sociais podem variar drasticamente de um destino para outro. É por isso que o planejamento, a educação e o apoio de um programa de viagem sólido são essenciais para ajudar os viajantes LGBTQ+ a permanecerem seguros e confiantes.
As considerações a seguir têm o objetivo de complementar as políticas de duty of care e os protocolos de gestão de risco de sua empresa. Sempre use cautela, bom senso e orientação formal ao preparar viajantes LGBTQ+ para viagens nacionais ou internacionais.
Pesquise o destino
Em alguns países, o fato de ser LGBTQ+ é criminalizado ou sujeito a discriminação, mesmo quando tecnicamente existem proteções. Incentive seus viajantes a explorarem a situação legal e o clima social do destino com antecedência. Entre os recursos úteis estão fóruns voltados para a comunidade LGBTQ+, blogs de viagem e organizações confiáveis, como a International LGBTQ+ Travel Association (IGLTA).
Entenda as leis e os costumes locais
Lembre aos viajantes que eles estão sujeitos às leis locais, independentemente de sua nacionalidade ou da política da empresa. Reservar um tempo para entender essas leis é fundamental para reduzir os riscos e evitar situações perigosas.
Esteja ciente das questões de marcação de gênero
Alguns países reconhecem um marcador de gênero “X” nos passaportes, mas esse reconhecimento não é universal. Os viajantes devem verificar se o destino reconhece essa documentação e entender os procedimentos de segurança relacionados que possam surgir.
Siga práticas de segurança inteligentes
Os viajantes LGBTQ+ devem seguir as mesmas diretrizes gerais de segurança que qualquer viajante: evite exibir objetos de valor, evite assuntos voláteis como política ou religião e nunca deixe bebidas ou alimentos sem supervisão. Ao se conectar com as comunidades LGBTQ+ locais, tenha cuidado ao usar aplicativos de namoro ou plataformas sociais – alguns podem ser monitorados ou usados indevidamente por pessoas mal-intencionadas. Incentive os viajantes a evitarem comportamentos que possam atrair atenção indesejada e a acessar informações de segurança antes da viagem.
Se um viajante sofrer assédio ou se sentir ameaçado, aconselhe-o a evitar o agravamento da situação. A prioridade deve ser sair da área e procurar um local seguro.
Saiba a quem recorrer para obter ajuda
Certifique-se de que os viajantes saibam como entrar em contato com as equipes de viagens, RH ou segurança 24 horas por dia, 7 dias por semana, por telefone, chat, SMS ou outros métodos preferidos. Dependendo do destino, a polícia local pode não ser a melhor opção. Os viajantes também devem ter em mãos as informações de contato da embaixada ou do consulado mais próximo de seu país de origem.
Tenha sempre um plano de reserva
Em situações de alto risco ou de emergência, sua empresa deve ter um plano de contingência claro para ajudar os viajantes LGBTQ+ a se recolocarem em segurança rapidamente.
Essas dicas destinam-se a fins de informação geral e não devem substituir o aconselhamento jurídico ou os procedimentos oficiais de segurança da empresa.
Fortaleça sua estratégia de risco de viagem
Uma avaliação do programa de segurança do viajante pode ajudar a identificar lacunas em suas políticas atuais, aprimorar o planejamento antes da viagem e promover a igualdade entre a população de viajantes. Ao avaliar seu programa por meio dessa lente, você pode criar uma estratégia de gerenciamento de riscos de viagem mais inclusiva e resiliente para todos os funcionários, onde quer que eles estejam.
