Visão geral da economia
A Itália é a quarta maior economia de seu continente, mas seu desempenho recente tem ficado atrás de outros integrantes da União Europeia, principalmente porque o país perdeu participação em mercados de exportação. A Itália acabou de sair de uma recessão que durou três anos, embora o crescimento econômico de 0,6% em 2015 não sugira exatamente uma sólida recuperação. Além disso, o crescimento italiano no último trimestre do ano passado foi o pior dentre os membros da zona do euro.
A Oxford Economics prevê que a economia da Itália cresça 1% em 2016, acelerando para 1,3% em 2017. Uma melhora no mercado de trabalho e baixas taxas de inflação continuam sustentando o consumo, que permitiu ao país se recuperar até agora. Mas há poucos sinais de aceleração do investimento empresarial.
Percepção do setor de viagens corporativas
Mais de 80 milhões de pessoas visitaram a Itália em 2015, tornando-a o segundo principal destino europeu no mercado de viagens, depois da França. Um quinto dos viajantes esteve na Itália a negócios.
O país é o quarto maior mercado de viagens corporativas de seu continente, com certa de € 30 bilhões gastos em 2015. Os viajantes domésticos representam mais da metade dessa cifra, mas os europeus também são visitantes frequentes; somente 16% daqueles que visitaram o país em 2015 vieram de fora da Europa. Ao longo dos próximos cinco anos, os gastos de viajantes internacionais crescerão mais rapidamente, elevando o gasto total em aproximadamente 50% até 2020.
A Itália é o mercado europeu com a maior oferta de hospedagem: 1,1 milhão de quartos estiveram disponíveis em 2014.
Após anos de crescimento, o estoque de hospedagem de categoria inferior começou a declinar em 2008. As opções superiores e de luxo seguem crescendo em resposta à forte demanda, particularmente de viajantes estrangeiros. A penetração de redes hoteleiras está em apenas 4%, refletindo a importância das viagens de lazer, que são bem atendidas por hotéis independentes.
A Alitalia, a companhia aérea de bandeira, enfrenta a forte concorrência das companhias de baixo custo, que representam quase 60% dos assentos em voos destinados a cidades europeias. A Alitalia passou a ser apoiada pela Etihad Airways, uma grande acionista. O investimento incentivou a companhia italiana a reconstruir sua rede de longa distância, com novas conexões a destinos como Pequim, Cidade do México, Santiago e Seul.
Oportunidades
- O progresso na agenda de reformas do governo, como as alterações no mercado de trabalho ocorridas em 2015, está melhorando a competitividade da Itália e estabelecendo as bases para um crescimento mais vigoroso.
- O crescimento das taxas de emprego e reformas do imposto sobre a propriedade elevam a renda disponível, ajudando os consumidores a continuar sustentando a recuperação econômica.
- A Alitalia está se reconstruindo – graças em grande parte ao apoio da Etihad Airways – e se posicionando para oferecer aos viajantes de negócios melhores opções para um serviço de linha aérea globalmente integrada no mercado italiano.
Desafios
- Os baixos índices de confiança e demanda externa dificultam o investimento empresarial.
- As taxas de juros estão baixas, mas o crédito não é amplamente disponível, e isso limita o crescimento econômico.
- O elevado endividamento público torna a Itália vulnerável a choques do mercado financeiro ou reduções de atividade econômica. E o governo planeja realizar mais gastos.